Hoje, novamente teremos o confronto entre Ceará e Fortaleza no Castelão. Alguns podem chamar de clássico-anão, devido à sua validade em um Campeonato Cearense cada vez mais debilitado, vítima do desprestígio e das perturbações causadas pelas paralisações. No entanto, o verdadeiro clássico permanece grandioso, independente das circunstâncias. Seja em uma disputa de porrinha, futsal, basquete, amistoso ou pela Série A nacional, a rivalidade eterna sempre acrescenta algo mais. Duvido que o Ceará ou o Fortaleza optem por uma equipe sub-23; é um jogo que conta. Assim, na minha opinião, veremos as forças máximas em campo.

Ao longo da histórica rivalidade entre esses dois clubes, nenhum deles se expôs a uma goleada no tradicional clássico. Existe responsabilidade e cobrança, pois não se brinca com algo tão sério. Um resultado desastroso pode abalar a autoestima do perdedor de maneira duradoura. O Ceará entrará em campo com sua melhor formação, à disposição do treinador Guto, enquanto o Fortaleza fará o mesmo para a verdadeira estreia do técnico Juan Pablo Vojvoda. Qualquer outra abordagem seria uma surpresa para mim.

Hoje, podemos considerar a estreia efetiva de Juan Pablo Vojvoda no comando técnico do Fortaleza. O jogo anterior, uma goleada sobre o Crato (1 x 6), foi mais recreativo. Embora algumas mudanças possam ser notadas, uma transformação definitiva demanda mais tempo.

 

Na classificação atual, o Ferroviário enfrentaria o Ceará nas semifinais, e o Fortaleza enfrentaria o Atlético. Embora ainda haja duas rodadas, a pergunta permanece: ser o primeiro do grupo nessas circunstâncias será uma vantagem? Dizem os especialistas que quem quer ser campeão não escolhe adversários. Será?

É interessante notar que, em Copas do Mundo, algumas seleções já montaram estratégias na fase de grupos para evitar adversários mais fortes na fase eliminatória. Em 1974, a Alemanha Ocidental perdeu para a Alemanha Oriental (1 x 0), evitando assim cair no grupo do Brasil e da Holanda na segunda fase da Copa. São práticas condenáveis no futebol, mas que acontecem.

O Ferroviário, bicampeão cearense em 1994/1995, busca um título que não conquista há 26 anos. Líder da primeira fase e também da segunda, o time de Francisco Diá demonstra estar em condições de subir novamente ao pódio como vencedor.